sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O que queres mais de mim??...

O que é que queres mais de mim? Quanto mais de mim posso eu dar, sem nada pedir? Quanto mais de mim podes exigir sem nada dares em troca? Como podes, como ousas, achar que as migalhas que me atiras para me calar são suficientes para me manter? Onde pensas que vou buscar força e energia e vontade para me dar inteira? Como julgas que me recomponho, ou onde me agarro quando caio? O que como? Como bebo? Que ar respiro? Como? Se o calor que me dás não dá sequer para aquecer o corpo, quanto mais a alma. O coração não gera energia. Não transmite energia. Não cria calor. O que queres mais de mim?

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Sonha... sonha alto, sonha bem, sonha sempre. Sente, como se fosse o último sopro. Revolta-te quando não te faz bem, mas ama, ama sempre. Cresce com a vida e aprende também com ela. Vive intensamente.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Em ponto de rebuçado

Há momentos na nossa vida que são plenos momentos de revelação. Como uma vidência que faz luz sobre o nosso caminho. Ás vezes pensamos, dizemos e/ou escrevemos coisas que acabam por acontecer. São medos, são receios, são ansiedades, preocupações ou simplesmente a experiência da vida a abrir-nos os olhos para o caminho, para não sermos apanhados desprevenidos no escuro que é o incerto de cada passo que damos. Mas mesmo perante a luz, muitas vezes teimamos em meter o pé em falso. Achamos que assim que o pé toque no chão, o piso se vai amaciar e tornar regular para nos permitir caminhar. Enganem-se os crédulos. Os que acham que podem mudar o mundo, porque é o mundo que os vai mudar a eles. Eu sei. Eu mudo a cada passo em direcção a este abismo que é a incerteza do amanhã. Hoje não me reconheço mais. As capacidades que outrora julguei melhorar com o tempo, perdi por completo. O meu "eu" que era só meu, não passa de uma sombra do que foi antes. Hoje é uma mescla de gentes, aprendizagens e desilusões. Muitas desilusões. Coisas e atitudes que outrora critiquei, hoje receio que a mim me apontem o dedo. Os muitos "eu nunca" cheios de certeza, deram lugar á tolerância de muitos "talvez". Destruí muitos preconceitos, mas acedi a várias frases feitas. Dei conselhos que hoje não sigo. Momentos de revelação que na altura não percebi, hoje vivo-os. Não importa a intensidade com que brilhe a luz, porque nada nos garante que o que está ao virar da esquina não é a escuridão.