segunda-feira, 30 de março de 2009

A irmandade do gajo

As gajas roem-se de inveja, mas ela existe. Sempre existiu e sempre existirá... por muito que nos custe, eles não vivem sem ela... "só a seita, só a seita".
Normalmente são grupos de três a cinco, onde tudo o que se diz é lei. As potenciais namoradas são sujeitas a escrutínio e as provas afixadas na parede para contabilização. Mulher não entra e fica sempre em segundo lugar.
Não existe competição dentro da irmandade... com excepção da prova de levantamento do copo. Seja ás 5h da tarde, seja ás 5h da manhã eles estão sempre disponíveis para ir em socorro dos outro. Ao primeiro toque da sirene é lá que eles estarão.
A nossa opinião não interessa e só temos a ganhar se nos deixarem conquistá-los... mas tem de ser a todos. Qualquer opinião contrária pode ser fatal. Vamos estar constantemente a ser postas á prova e o ideal é ser amiga de pelo menos um deles antes de tentar a conversão do grupo, afinal, não são eles que têm de nos provar alguma coisa, mas sim nós a eles.

terça-feira, 17 de março de 2009

A intenção. Por vezes boa, por vezes má. Por vezes boa e com um mau resultado. Nunca conseguimos prever qual vai ser o efeito acção-reacção. POr vezes, aquilo que achamos inconsequente trás ao olhar do outro uma lágrima de dor e desespero. Muitas vezes, quando achamos que estamos a fazer o certo, provocamos uma avalanche sobre nós e desejamos voltar no tempo, por alguns segundos. Queremos ser sinceros e sempre verdadeiros. Não esconder, porque nos faz sentir mal, mas depois pensamos que seria melhor termos ficado quietos e calados... ao ver a desilusão no olhar de quem nos escuta. Por vezes acontece-nos a nós. Por vezes acontece aos outros. Ora a mim, ora a outro.

quarta-feira, 11 de março de 2009

A Hiena

A necessidade que algumas pessoas sentem de humilhar e maltratar os outros resume-se á sua própria insignificância. Aquele que se esforça durante o dia para fazer alguém chorar é o mesmo que chega a casa todos os dias em pranto. É o mesmo que não gosta de si mesmo e quer que o outro sinta o mesmo. É o que se olha ao espelho e decide fazer uma plástica. É o mesmo que sempre que é chamado á atenção se vitimiza perante a incapacidade de enfrentar. É a pessoa mais fraca de todas. Aquela incapaz de se insurgir sobre o mais forte sozinha. É a hiena. Um dos mais fracos da cadeia alimentar. O que se impõe pela chantagem psicológica e a falsa amizade. A mesma pessoa que, quando fecha os olhos e pensa nas pessoas de quem gosta de verdade, não vê nem a si própria. E quando analisa em quem pode confiar e com quem pode contar, só vê os que não têm como fugir dessa responsabilidade. Por norma é um ser repleto de mau feitio, sempre de mal com a vida, que utiliza a falsa simpatia para não se sentir á margem. Resmunga e reclama por todos os motivos e pela falta deles. Incapaz de manter uma amizade, faz questão de demonstrar que não precisa de ninguém e por norma torna seus dependentes os pobres de espirito e de auto-estima. Tenta passar a imagem do independente e do único capaz de resolver uma situação. Mete-se em todas as discussões e dá palpites em todas as conversas e quando não tem razão tenta virar o bico ao prego, e quando, mesmo assim, não consegue então chora. A sua frase favorita é "nunca mais faço isto ou aquilo, nunca reconhecem o meu esforço e não contem comigo para mais nada", mas não resiste a dar nas vistas e a disponibilizar-se só para que no fim possa dizer "se não fosse eu!". Eu conheço alguém assim e todos os dias é a mesma coisa. A única vontade é a de a esbofetear.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Bela sem senão..

Já lá diz o ditado.
Claro que não podia demorar!! A quem queria eu enganar? A mim mesma? Talvez.
A vida é uma montanha russa, não tenham dúvidas disso. E a resistência mede-se no momento em que estamos de cabeça para baixo e parece estar tudo do avesso.
Eu vou recuperar... vou voltar ao cume, mais uma vez.